A colaboração se torna fundamental nos dias de hoje. Sempre fomos acostumados a aceitar ordens de cima para baixo, desde muito cedo aprendemos que a hierarquia partia de nossos pais, e na seqüência vieram nossos professores, nosso primeiro patrão e por aí a fora. Hoje não existe mais nada disso, ou seja, ninguém mais pode dar ordens e cada vez mais estamos nos tornando incapazes de obrigar as pessoas a fazerem o que queremos. Digamos que as hierarquias se extinguiram, o que significa que estamos reféns da colaboração das pessoas, e na maioria das vezes, infelizmente, a participação delas só acontece nas decisões daquilo que as afetam. Portanto precisamos reaprender a conversar com as pessoas na condução de nossas tarefas e solução de nossos problemas de forma conjunta e ajustada. E aí nos deparamos com uma tarefa muito difícil, a de trocar o confronto e a guerra pelo diálogo e pela negociação. Incentivar o perdão e o pedido de desculpas, encontrar a paciência para ouvir e procurar um ajuste.
“A paz que aspiramos não é a paz silenciosa dos alienados, ou a paz submissa do escravo, mas a paz laboriosa dos intrépidos. Enfrentar a força sem violência com certeza requer mais bravura, autocontrole, esforço e competência do que lutar.”
Intermediar conflitos utilizando sensibilidade e maestria pessoal, ferramentas extremas e fundamentais para enfrentar o dia-a-dia de nossa sociedade.
(Adaptado do livro Chegando à Paz, de William Ury - Editora Campus, 2000)
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