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Diretora de Escola Pública Estadual

sexta-feira, 4 de março de 2011

Bons alunos e Maus alunos

Não acredito que nos dias de hoje exista alguma prática escolar que aponte bons, maus alunos ou problemáticos. Esse parâmetro parece ter ficado para trás quando se considerava aqueles que tinham aptidão e os que não tinham. Os testes que mediam a inteligência e avaliavam o grau de precocidade ou atraso de um aluno, são coisas de uma escola que oferecia uma educação igualitária, que pretensiosamente oferecia as mesmas oportunidades, se valendo de critérios unificados. Nossa prática atual está relacionada a diagnóstico e sondagem de necessidades educativas, que é desenvolvida através da atenção por parte do professor, nas produções do aluno, buscando saber o que ele sabe e que intervenções são necessárias para que avance. Essa avaliação capta um momento do processo e, eventualmente uma escrita não terá um diagnóstico conclusivo, mas certamente a análise constante das escritas que o aluno vai produzindo permitirá que o professor se oriente sobre a melhor forma de subsidiá-lo em seu progresso, respeitando se o tempo de cada um. Os alunos diagnosticados com baixo rendimento são encaminhados para aulas de recuperação, com outro professor e fora do período escolar. Temos procurado sanar defasagens de aprendizado em nossos alunos da melhor maneira que temos conseguido. A escola tem adquirido jogos pedagógicos que ajudam a estimular o desenvolvimento escolar. Não os julgamos mais porque aprendem ou deixam de aprender como no passado. Nosso olhar para bons, maus alunos ou problemáticos são relacionados a desmotivação discente. Na verdade sequer usamos esses termos. O que costumamos dizer é o aluno tem desejo ou não de melhorar suas habilidades. Constantemente fico sabendo que os que não demonstram interesse passam por muitos problemas de desestrutura familiar, problemas econômicos, pais presidiários, drogas, violência doméstica etc. Também tenho notado que a educação não tem sido considerada importante pela comunidade adulta em alguns casos, o que faz com que o aluno desmereça o trabalho desenvolvido pela escola. Como exemplo disso, são algumas mães que solicitam que o filho perca horas de atividades presenciais na escola em virtude de a criança frequentar “escolinhas de futebol”, cursos de ginástica olímpica, ou até mesmo irem para a Igreja.

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